terça-feira, 12 de janeiro de 2016

[RESENHA] Diário do Chaves


Título: Diário do Chaves
Autor: Roberto Gómez Bolaños
Editora: Ponto de Leitura
Ano: 2010
Páginas: 173

 Roberto estava na praça da cidade, quando um garotinho de vestes simples e remendadas e um gorro com tapa-orelhas se aproximou dele e perguntou se Roberto gostaria de engraxar os sapatos, ele estava pronto para recusar, vendo que seus sapatos estavam em bom estado, contudo acabou aceitando. O garotinho se acomodou em seu pequeno banco e de forma animadora começou o serviço.

"-Como Você se chama?
-Dá no mesmo, não?
-...O que é que dá no mesmo?
-Da no mesmo como eu me chame, mas, se quer saber, todos me chamam de Chaves."

 Ao terminar o serviço Roberto deu a Chaves uma boa gorjeta, o menino mais animado ainda disse que com isso poderia comprar até um sanduíche de presunto, talvez dois ou três e desta forma saiu em disparada pela rua.
"Enquanto o perdia de vista, 
tornei a ouvir suas palavras que pareciam mágicas: 
sanduíche de presunto!."


 Foi então que Roberto percebeu que o pequeno Chaves havia se esquecido de seu caderno em um canto do banco onde Roberto estava sentado, vendo o estado em que se encontrava o caderno ele não resistiu a curiosidade de saber o que encontraria escrito ali dentro. Lendo a primeira vez, Roberto sentiu-se mal por estar invadindo a privacidade do menino, mas ao ler pela segunda vez ele sentiu uma inquietude que se misturavam ao medo, riso e tristeza.

"Nesta vida há coisas que são caras porque custam muito dinheiro e outras que custam pouco dinheiro e que por isso são baratas.
Eu por exemplo, sou um menino barato."

 Foi desta maneira que Roberto conheceu o menino Chaves e suas aventuras, através de seu pequeno caderno, aonde continha o pouco de sua história que conseguia se lembrar e todos os seus momentos que passou na vila e na escola com os seus amigos.
"Ontem, quando entrávamos na sala de aula, matei uma aranha com um piso só. O chato foi que a aranha estava no sapato do Professor Girafales, que ficou muito bravo e brigou comigo."

 Ao contrário do que todos pensam, Chaves não morava no barril, ali era apenas o seu refúgio, um lugar para pensar, sonhar e até mesmo chorar. Ele morava na casa 8 da Vila, afinal Chaves era conhecido como: El Chavo del Ocho, que quer dizer "o menino da casa oito". 
"Na escola o professor brigou comigo por tê-lo chamado de Professor Linguiça em vez de Professor Girafales.
Mas é que me escapuliu, pois todos ficaram quietos enquanto eu dizia isso. Quer dizer, foi sem querer querendo."

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