quarta-feira, 1 de junho de 2016

5º Postagem

Decisões importantes não são tomadas facilmente, levam tempo, machucam muitas vezes. Ninguém quer partir e nem ser partido mas a gente sabe a hora exata em que, acabou. Por mais que perdure um tempo ainda, porque nossa teimosia insiste no que já chegou ao fim, mas acabou e a gente precisa seguir em frente. 

Mas não é porque acabou que deixou de existir, porque as marcas ficam. As cicatrizes, as lembranças, o amor. Por mais efêmero que tenha sido, foi. E porque foi não pode deixar de ser. Somos produtos das nossas escolhas, resultado das respostas que damos às situações que nos são apresentadas.

Nem todas as manhãs são iluminadas pelo sol, nem todos os dias a gente quer sorrir. Às vezes está doendo tanto que nossa única vontade é ficar de baixo das cobertas. A gente não precisa ser forte o tempo todo. Sim, a gente pensa em desistir; mas o que nos difere da derrota, é que persistimos mesmo na dor. 

A vida nasceu batendo. Desde o primeiro dia, é uma surra depois da outra. Mas quando você cresce, descobre que são as marcas que te definem, que te formam, que te constituem. Cada cicatriz traz um ensinamento, cada partida uma história, um começo. 
Em meio à doenças psíquicas e transtornos emocionais, à mentiras e mortes, em meio à manipulações e imposições; são os que enxergam nos detalhes o simplesmente, são os que transformam a dor em fonte de energia que encontram a felicidade. Vemos pessoas buscando um sentido, um significado para ser, todos os dias. Pessoas que morrem por não se conhecerem ou por sonharem na espectativa de realizar. Quando, um sorriso é uma revolução mas ninguém lhes contou isso. O carinho, a bondade a acertividade, é uma revolução. Ser é a resposta, mas ninguém lhes contou. Sonhar, mesmo sabendo que não pode ser real, é combustível para não desistir. Mas as pessoas transforma isso em prestesto. Não aprendem com suas feridas, murmuram dela; não agradecem pela dor, se rebelam. 

A vida e a paz pertencem àqueles que sabem que partir é necessário, que sabem que sentir é necessário mas se reconstruir também. Nossa história é escrita na junção de crônicas temporais que vão sendo acopladas ao livro da nossa existência. E por isso, graças a isso, nunca seremos uma história só!

-Schlichmann