sábado, 21 de maio de 2016

4º Postagem


 O dia amanheceu um sonho


   Eu demorei até encontrar as palavras certas e, ainda não tenho certeza se são essas, de fato. Mas aqui, sentada no banco de um ônibus às 6:30 da manhã, questiono a mim mesma porque levantamos tão cedo, todos os dias para fazer exatamente o que não gostamos de fazer. Não quero generalizar, é claro que muita gente está fazendo o que gosta, mas a maioria não. Aquela moça ali do lado, cheia de charme, por exemplo, não teve tempo nem de se maquiar, mas é claro que isso deu um toque feminino e sensual à sua manhã. As pessoas estão com feio, e me felicito em dizem que a maioria dos passageiros são mulheres, - não que eu seja feminista, bem pelo contrário, mas admiro a mulher corajosa assim como admiro qualquer pessoa que quebra suas próprias barreiras.
   Eu por exemplo, jamais levantaria agora se não fosse obrigada. Prefiro dormir mais uma hora e meia, levantar, fazer meu café, sentir seu aroma.se misturando com o da manhã gelada de uma quinta feira de maio. Comprar sonhos na padaria e dividir biscoitos com meus cachorros. E sim, é bolacha, mas os biscoitos também existem. Meu universo não se encaixa nesse que eu vivo, às pessoas rudes, os sorrisos roubados, as vontades impedidas e o sonhos mortos. Não aceito a vida dessa forma. Por isso, e admito isso aqui na certeza de que será um segredo bem guardado, vez ou outra eu quebro às regras. Mudo de caminho, pego o ônibus errado, durmo até a hora que eu quero, mudo, mudo de novo, sorrio quando está doendo e me dou, me dou às pessoas sem medo e sem esperar que elas se doem na mesma intensidade ou sem intensidade nenhuma.
   Há muitas barreiras e grades que me prendem, e é difícil encontrar alguém com a alma sensível o suficiente pra me entender. Muitos me acham irresponsável por querer aprender a voar. Essas pessoas, nunca sequer saíram do ninho pré estabelecido a elas, nunca tentaram ser o que sempre quiseram ser, mas eu entendo, ninguém contou a elas que elas podiam.
   Eu queria que as pessoas enxergassem com os meus olhos, talvez reclamariam um pouco menos da vida. Queria que elas aprendessem a ver os outros com outros olhos. Não estou me construindo como se fosse um padrão de perfeição, mas vocês ão de convir comigo, quando você aprende a enxergar o mundo com bons olhos e com olhos de esperança, mesmo que não haja esperança, você consegue ser mais feliz. E menos reclamão, porque convenhamos, gente que reclama de tudo é terrivelmente irritante.
   Gosto quando conheço gente que pensa que nem eu, que enxerga os detalhes e se apaixona pelo simples. Gente que olha pras pessoas como se estivesse olhando para si mesmo. Que não tem medo de sonhar nem de sentir. Gosto de livros recheados de sonhos, de verdade. Meus escritores me fazem, me escrevem, me definem. Sonho em um dia ser capaz de escrever sobre a vida dessa forma, como se eu estivesse na vida de quem lê. Acho incrível essa capacidade de entrar no outro com apenas algumas palavras.
   Ultimamente tenho sentido essa necessidade, de marcar a vida das pessoas que passam pela minha. De deixar marcas inesquecíveis, de ter histórias pra contar, pra escrever. Descobri também que um escritor é solitário. Não porque é anti social ou por ter poucos amigos, mas a solidão é amiga, se faz necessária. Não tem como escrever com alguém tagarelando do lado. Precisamos de tempo para alinhar os pensamentos e transforma-los em algo que valha à pena ler. Escrever é como entrar num mundo só seu, num universo único, projetado por você, da forma que você sonhou. E preciso dizer que eu amo esse meu universo inventando, que incontáveis vezes se faz mais real, que o real.
   Há um misto de pieguice e filosofismos nas minhas palavras. Invento-as com liberdade de tentar dizer o que desejo. E me irrito com facilidade quando alguém me cutuca no meio de um pensamento. Aliás, acabou de acontecer. Com licença! Estou no meio de uma conversa, entre eu e esse alguém que eu mal conheço e já estou abrindo o meu coração.
   Aliás, obrigado por fugir comigo, desse mundo louco que fica nos impondo coisas o tempo todo. Ler e escrever é desligar da tomada e voar livre em direção ao que se acredita. Temos tempo ainda, que tal um café?



 - Schlichmann

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quarta-feira, 18 de maio de 2016

#1 Carta de amor... Amigos

 Baseado no livro "Carta de amor aos mortos" (resenha aqui), resolvemos escrever uma "Carta de Amor" a todos aqueles que consideramos importantes em nossas vidas, sejam eles familiares, amigos, amores ou famosos, podendo ser também alguém que fez parte de nossa história e hoje já não esta mais conosco... Sendo assim damos inicio ao projeto "Carta de Amor" e você também pode participar nos enviando sua carta para o nosso e-mail (papodeleitoras@gmail.com).

segunda-feira, 16 de maio de 2016

[RESENHA] Onde Encontrei Meu Lar


Título: Onde encontrei meu lar
Subtítulo: Um conto de natal
Autora: Gleice Couto & Victor Almeida
Disponível em: Wattpad
 '"Ela não queria suas memórias.
Ele queria reconstruí-las. 
Mas, juntos, poderiam criar uma nova. "

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Você esteve aqui...

"Você esteve aqui, mas não ficou, 
você esteve aqui e ainda levou o meu amor,
você esteve aqui e nunca mais voltou..."

segunda-feira, 2 de maio de 2016

TOP 5 Filmes baseados em livros


O post de hoje irá trazer cinco filmes que foram baseados em livros. Sabemos que a lista é enorme, mas buscamos trazer alguns filmes que talvez pouca gente saiba que foram adaptados de livros.